Particularmente abundante em vestígios arqueológicos, o território correspondente, na actualidade, à freguesia de Poiares enquadra-se na paisagem duriense, entre as Serras do Marão e de Avões, em plena paisagem transmontana, situando-se no ponto mais elevado de uma meseta acidentada a cerca de 700 metros de altitude, sendo ladeado por vários montes sobranceiros aos Rios Couro e Douro, e de onde se desfruta de um impressionante domínio visual sobre os terrenos circundantes.
Particularidades topográficas estas que não terão sido de somenos importância no momento em que se decidiu erguer o "Castelo de Alva", localizado no Lugar que lhe deu nome, e do qual remanescem apenas alguns vestígios do muralhado primitivo, de planta ovalada, assim como de um dos torreões que o integravam. Ademais, as potencialidades defensivas e, quase por inerência, de controle visual sobre um vastíssimo horizonte já tinham sido anteriormente avaliadas, nomeadamente ao tempo da presença romana na zona, a julgar pelas ruínas do povoado fortificado conhecido por 'São Paulo', com níveis de ocupação que remontam à Idade do Ferro, numa confirmação da excelência da sua implantação geográfica.
Tal como sucedeu com este castro, o Lugar de Alva assistiu a uma forte ocupação medieval, especialmente no decorrer da invasão leonesa, na primeira metade do século XIII, até que D. Sancho II (1209-1248) doou Alva a Freixo-de-Espada-à-Cinta, expulsando os habitantes que nela residiam durante a conquista leonesa.
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