Em 1762, no contexto da Guerra dos Sete Anos, Portugal esteve à beira de entrar em guerra com Espanha, pelo que D. José ordenou uma reforma do exército, dirigida pelo Conde de Lippe, que incluiu o "(...) reforço da defesa terrestre e marítima do Reino.". Para reforçar a defesa da barra do Tejo, a Coroa mandou edificar quatro fortalezas na linha de Cascais, a de Catalazete, em Oeiras, e as Baterias de Crismina, Galé e Alta, no Guincho (Idem, ibidem).
Apresentando planimetrias semelhantes, a estrutura destas baterias correspondia a um corpo angular, com parapeito e plataforma, atrás da qual foi edificado o paiol e o espaços dos aquartelamentos.
Para além de reforçar a protecção da praia do Guincho, um amplo areal onde as embarcações inimigas facilmente poderiam desembarcar tropas, a Bateria de Crismina cruzava fogo com o Forte de São Brás de Sanxete.
A partir 1795, com o final do conflito na Europa, as baterias da praia do Guincho tornaram-se "(...) espaços de uso e vivência militar pouco expressivos." (Idem, ibidem, p. 196), pelo que na década de 20 do século XIX a bateria de Crismina estava desactivada.
Durante as Guerras Liberais, D. Miguel mandou restaurar o conjunto das três baterias, numa campanha de obras realizada entre os anos de 1830 e 1832; no entanto, com a vitória das tropas liberais, as fortalezas iriam ser novamente desactivadas (idem, ibidem).
Depois de 1833, estas pequenas fortalezas foram entrando em progressiva degradação, e embora sejam consideradas "(...) um tipo singular de fortificação (...)", a Bateria de Crismina é a única deste conjunto que ainda mantém parte da sua estrutura edificada, apresentando sinais evidentes de ruína.
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