Classificado como "Imóvel de Interesse Público" em 1992 e presentemente inserido na área abrangida pelo "Alto Douro Vinhateiro", incluído na lista de "Património Mundial", o "Castro de Cidadelhe" ergue-se no cimo de uma colina situada nas imediações da localidade que lhe deu o nome, e cuja fundação será anterior à de Mesão Frio.
Sendo um dos povoados fortificados mais amplos da região, este castro da Idade do Ferro tem sido objecto de importantes escavações arqueológicas desde 1983, da responsabilidade de A. Coelho F. da Silva, A. Baptista Lopes e Manuel Tuna, que as têm conduzido em dois sectores correspondentes à zona mais elevada do interior do espaço definido pela primeira muralha e na zona mais baixa, junto à segunda muralha.
Com um sistema defensivo constituído por duas linhas de muralha aparelhadas em xisto (a segunda das quais com aproximadamente quatro metros de largura e cinco a seis de altura), é no interior da área delimitada pelo primeiro pano muralhado que foram identificados os alicerces de algumas estruturas habitacionais de planta predominantemente circular, tão característica desta tipologia arqueológica.
À semelhança do que sucede noutros povoados fortificados da Idade do Ferro desta região do país, também no "Castro de Cidadelhe" foram registados elementos estruturais decorrentes do processo de romanização ocorrido no seu espaço. Não obstante, pertence à Idade Média uma das estruturas mais evidentes e consistentes nele edificadas: uma torre de planta quadrangular, precisamente sobre um estrato de saibro que cobre algumas das habitações pré-romanas. Na realidade, o povoado terá pertencido a um território administrativo medieval bastante mais amplo, correspondente a uma paróquia suévica, à qual se reuniu uma congregação régia por ordem do rei Ordonho II da Galiza e da Terra Portucalense, logo no segundo ano do seu reinado, em 911.
OUTROS LINKS:
Castelo ou Castro da Cidadelhe (monumentos.pt)
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