Edificado durante o período da Guerra da Restauração, o Forte do Cão tinha como objectivo reforçar a defesa da costa portuguesa perante a ameaça da armada espanhola, nomeadamente a zona fronteiriça do Minho. A tipologia estrutural desta fortaleza apresenta evidentes semelhanças com as fortificações implantadas entre Vila Praia de Âncora e Esposende, cuja planimetria das mesmas constituiu na época um avanço no sistema de defesa e vigia.
Possivelmente estas fortalezas foram delineadas pelo mesmo engenheiro, como integrantes de um plano construtivo de novas fortificações que iriam reforçar a linha de fogo das fortalezas já existentes. Na região limítrofe de Viana da Foz do Lima, existem duas fortalezas, a de Areosa e de Montedor, que têm a mesma concepção geral que o Forte do Cão.
A estrutura do forte, embora de pequenas dimensões, permite que seja classificado como uma verdadeira fortaleza. De planta estrelada, possui quatro baluartes, dois menores unidos por face curva, voltados ao mar, e dois de maiores dimensões junto ao frontespício. O alçado do forte apresenta uma estrutura muito simples e austera, havendo vestígios da existência de um balcão entre o baluarte esquerdo e a face curva da fachada posterior.
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