O Forte de São Francisco, em Lovelhe, foi construído durante as Guerras da Restauração, integrado numa linha defensiva construída entre o rio Minho e a costa atlântica. Esta linha integrava fortificações já existentes, que na época foram totalmente reformadas segundo os novos modelos de arquitectura militar defensiva, como as de Valença, Vila Nova de Cerveira e Viana da Foz do Lima, e contemplava a construção de novas fortalezas, de dimensões menores, que reforçavam o poder de fogo das praças de defesa já existentes.
A construção da fortaleza de Lovelhe iniciou-se me 1642, por ordem de D. Francisco de Azevedo, general e mestre de campo, e as obras foram concluídas em 1663. Obedecendo aos modelos e tipologias da arquitectura militar seiscentista, o forte apresenta planimetria pentagonal, sendo composto por cinco baluartes, quatro de dimensões iguais, dispostos lateralmente dois a dois, e um quinto maior, edificado na parede fronteira à porta de armas. Em cada um dos ângulos dos baluartes foram dispostas guaritas circulares.
Em meados do século XVIII, o forte não possuía guarnição, embora se considerasse que na época, e apesar das suas pequenas dimensões, tinha maiores potencialidades de defesa que a fortaleza de Cerveira. Em 1797 D. Rodrigo de Lencastre mandou reconstruir o forte, que cerca de dez anos mais tarde teve um papel importante e activo na defesa da região face às invasões das tropas napoleónicas. Em 1809 uma explosão no interior da fortaleza, provocada pelo exército francês, destruiu grande parte da estrutura da casa-mata.
Depois desta data, o Forte de Lovelhe não voltou a ser recuperado, estando desde então votado ao abandono. Actualmente, a Comunidade Intermunicipal do Vale do Minho está a desenvolver o Plano Director das Fortalezas Transfronteiriças do Vale do Minho, que visa "a valorização e divulgação das fortificações que constituem o sistema defensivo da fronteira luso-espanhola" (http://www.cm-vncerveira.pt), no qual se insere o Forte de São Francisco.
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