O Forte da Lagarteira, também denominado como Forte da Âncora, localiza-se no antigo lugar da Lagarteira, actual cidade de Vila Praia de Âncora, na freguesia de Caminha, Distrito de Viana do Castelo, em Portugal.
Sobre uma elevação rochosa na margem direita da foz do rio Âncora, em posição dominante sobre a praia, defendia aquele porto e povoação pesqueira, como integrante da linha de defesa da Praça-forte de Caminha.
História
Acredita-se que a ocupação da foz do rio Âncora seja anterior à época romana, mas foi neste período que adquiriu valor graças à extração de minérios na região. Segundo a tradição, a toponímia Âncora se ligaria ao episódio do afogamento, nas águas daquele rio, da rainha D. Urraca com uma âncora atada ao pescoço, como punição por adultério pelo rei D. Ramiro II.
Embora alguns autores acreditem que a moderna fortificação do local remonte à época da guerra da Restauração da independência, entre 1640 e 1668, é mais correto atribuí-la ao reinado de D. Pedro II (1667-1705), que reforçou as defesas da fronteira do rio Minho e daquela costa ao sul da sua foz. Para este local teria sido determinada a edificação de duas estruturas marítimas: o Forte do Cão, na Guelfa, cobrindo a foz do rio, o Forte da Lagarteira, cobrindo o portinho a norte da povoação, este último tendo sido iniciado em 1690. Na mesma época e região foram erguidos ainda o Forte de Paçô, no sopé da colina de Montedor e o Forte da Areosa, próximo a Viana do Castelo.
Em 1955 foi objecto de obras de conservação a cargo da Direcção dos Serviços de Construção e Conservação. Classificado como Forte da Lagarteira por Despacho em Maio de 1973, no início da década de 1980 sofreu obras de consolidação, beneficiação. Mais recentemente, em 1997 voltou a sofrer atenções, quando sofreu novas beneficiações e trabalhos de revisão e conservação.
Características
Forte marítimo de pequenas dimensões com planta poligonal estrelada, formada por quatro baluartes lateriais e bateria ressaltada pelo lado do rio. Seus muros em cantaria de pedra, apresentam guaritas facetadas nos vértices. No terrapleno erguem-se três edificações com cobertura de uma água e duas rampas de acesso ao adarve e eirado. Os quartéis, abobadados, contam com lareiras. Nas canhoneiras da bateria, podem ser observadas antigas peças de artilharia.
(wikipedia)
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