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terça-feira, 20 de maio de 2008

Forte de São João Baptista ou Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção - Vila do Conde - Porto

Forte Nossa Senhora da Assunção - Rio Ave - Porto - Foto  www.monumentos.pt

 

Desde a Idade Média que a protecção da foz do rio Ave preocupava os governantes de Vila do Conde. Em meados do século XIII a povoação detinha alguma importância como porto de pesca e estaleiro naval, pelo que a defesa da barra do rio face aos ataques de pirataria era fundamental. Foi então edificada uma torre junto à Ermida de Nossa Senhora da Guia, na foz do rio, por ordem do infante Afonso Sanches, filho de D. Dinis.

Embora este fortim se tenha mantido activo até ao século XIX, a sua eficácia na defesa do rio foi-se tornando insuficiente, e por este motivo D. Duarte, 5.º duque de Guimarães e senhor de Vila do Conde, mandou edificar nos finais do século XVI uma fortaleza no mesmo local, cuja traça é atribuída ao engenheiro Filippo Terzi.

A estrutura do forte insere-se na tipologia utilizada na arquitectura militar da época. De planta poligonal, a fortaleza possui cinco baluartes, para os quais teria sido projectado um igual número de guaritas; destas apenas foram edificadas três. Sobre a porta de armas, com moldura em arco de volta perfeita, foi colocado o escudo de armas de Portugal. No interior da praça de armas subsistem ainda as casamatas, diferenciando-se as divisões da casa do governador, a cozinha, o paiol, os restos de uma capela.

As obras de edificação da fortaleza iriam arrastar-se pelo século XVII. D. Teodósio, 7.º duque de Bragança, retomou a construção do forte, designando como responsável pela mesma o engenheiro António de Vila-Lobos. No entanto as obras só seriam concluídas em 1642, quando D. João IV ordenou a conclusão da muralha leste e o reforço da guarnição, face às necessidades de defesa das Guerras de Restauração.

Depois de 1834 o Forte de São João Baptista deixou de ter guarnição, sendo a partir de então utilizado para o registo de entrada e saída de embarcações da barra do Ave. Quase votado ao abandono no século XX, foi recuperado na década de 90 através do aproveitamento do espaço para a edificação de uma unidade hoteleira.


Texto: IPPAR - C.O.

OUTROS LINKS:

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  • Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR)
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