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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Castelo de Pombal - Leiria

 

Castelo Pombal - wikimedia 

 

A construção do castelo de Pombal é atribuída aos Templários, a quem D. Afonso Henriques doou esta região, todavia há provas da existência de uma fortificação romana neste local, que os árabes terão ocupado até à reconquista cristã da península.

Com a extinção da Ordem do Templo, em 1311, o rei D. Dinis, entregou este castelo à Ordem de Cristo e já no início do século XV, D. João I doou-o ao conde de Castelo Melhor.

D. Manuel I, por volta de 1500, decide fazer obras de recuperação do castelo, algo degradado, e no século XVII, o conde de Castelo Melhor adaptou-o a residência.

Durante as invasões francesas foi saqueado e incendiado pelo general Massena, quando já fugia depois da derrota sofrida nas Linhas de Torres, o que ditou o seu posterior abandono e ruína.

Classificado como Monumento Nacional, beneficiou de obras de consolidação e restauro, por parte da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Edificado sobre uma planta em forma de escudo, destaca-se no seu interior, a Torre de Menagem, vestígios da primitiva igreja românica de São Miguel e a alcáçova Manuelina

Texto: «Guia da Cidade»

 

Castelo Pombal - Portuguese_eyes

Cronologia

1128 - O castelo de Pombal, outrora castro romano e fortaleza árabe, estava inserido no vasto território pertencente à Ordem do Templo;

1155 ou 1156 - Inicio da reconstrução do castelo de Pombal, construção de vários torreões para servir de contraforte e simultaneamente suster e estabilizar a muralha, e do repovoamento da vila (BARROCA, 2000, tomo I, p. 360);

1171 - Construção da Torre de Menagem com alambor no pátio do castelo; neste período de reconquista passiva a Torre de Menagem servia de último reduto de defesa sendo aí que se encontravam guardadas as pertenças do senhor terra-tenente; esta obra ficou assinalada numa inscrição, como era costume dos Templários, e esteve afixada neste castelo tendo sido transferida, a pedido do Infante D. Henrique, entre 1420-1460, para o Convento de Cristo em Tomar (v. 1418120002), onde hoje se encontra na parede exterior da Sacristia Velha*1;

1353 - o castelo e a vila são doados à Ordem de Cristo; séc. 16 (inícios) - reconstrução do castelo por D. Manuel;

1560 - reconstrução da igreja de Santa Maria do Castelo pelo alcaide Pedro de Sousa Ribeiro, antepassado dos Condes de Castelo-Melhor, que detiveram a alcaidaria desde o reinado de D. Afonso V até 1834 (LEAL, 1876);

1811 - as tropas francesas comandadas pelo Gen. Ney causaram grandes prejuízos no castelo;

1812 - a pia baptismal é transferida de Santa Maria do Castelo para a igreja de São Martinho;

1923 - Requerimento da C.M. Pombal ao Ministério da Guerra a solicitar que lhe seja entregue o Castelo;

1924, 7 de Dezembro - Auto da entrega que faz o Ministério da Guerra ao Núcleo da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo em Pombal do Castelo da mesma vila e terrenos anexos, que constituem o prédio militar nº 1: "nos Paços do Concelho foram entregues as ruínas do Castelo ao Núcleo dos Amigos, demarcadas com 32 marcos de cantaria devidamente numerados seguidamente a partir de norte para sul, seguido por nascente, e tendo por cima de cada número as siglas M.G.-. (...) Ao Núcleo fica competindo a conservação e a guarda do prédio, podendo o Ministério de Guerra auxiliar, quando o entender; A concessão é a título gratuito e tempo indefinido, conservando o Ministério de Guerra a Propriedade; o Núcleo não poderá realizar quaisquer obras no prédio, mesmo de conservação, que importem demolições ou novas construções de alvenaria, ou ainda movimentos de terra nas esplanadas, sem licença prévia e escrita do Ministério de Guerra";

1931 - tendo sido dissolvido o Núcleo da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo, caducou a concessão feita pelo MG, tendo sido feito, nas mesmas condições, o auto de cedência do uso fruto do prédio militar nº 1, constituído pelo castelo e explanada de acesso, à Comissão de Iniciativa e Turismo de Pombal;

1933 - pedido de autorização para construção de uma estrada que ligue a vila ao castelo, autorizada e registada em "escritura de autorização concedida pelo Ministério da Guerra à Comissão de Iniciativa do Concelho de Pombal". Para construir uma estrada de acesso ao castelo pelo seu prédio militar (...).;

1934 - A Comissão de Iniciativa e Turismo de Pombal apresenta uma proposta para arborização do monte do castelo aprovada pela Comissão Executiva da Câmara Municipal e autorizado pelo Conselho Superior de Belas Artes;

1939, 13 de Abril - auto de entrega ao Ministério das finanças do Castelo de Pombal: Castelo de dez torres rectangulares em estado de ruína com terreno anexo, medindo 25.437 m2, no valor de 200.000$00, estando as respectivas torres ligadas por muralhas ao interior da Torre de Menagem. Fora do castelo existe uma capela em ruínas e uma torre. Tem placa a que se refere o Dec.- Lei nº. 24.489, demarcados com as iniciais P.E. e está também demarcado com 33 marcos de cantaria com as iniciais M.G. e com os respectivos números. A confrontar de norte com caminho público e António Lopes Teixeira; do sul com António Lopes Teixeira e caminho de acesso ao Castelo, e de nascente e poente com António Lopes Teixeira e Ribeiro Faria e inscrito na matriz;

2004 - apresentado um projecto de requalificação e valorização das estruturas existentes pelo município, encontrando-se em fase de apreciação pelo IPPAR (Diário das Beiras, 16-08-2004);

2005 - Musealização da Torre de Menagem

(Fonte: Site do Concelho de Pombal)

 

OUTROS LINKS:

  • Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
  • Instituto Português de Arqueologia
  • Castelo de Pombal (Pesquisa de Património / IPPAR)
  • Visão em 360 graus de todo interior do Castelo
  • Mais fotos no site do concelho de Pombal
  • Castelo de Pombal (Guia da Cidade)
  • Castelo de Pombal (pt.wikipedia)
  • Castelo de Pombal (wikimedia – fotos)
  • Castelo de Pombal (IPPAR – fotos)

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