Implantado sobre um esporão rochoso dominante sobre o curso do rio Douro e servido pelas ribeiras de Culmeães e da Costureira, este castelo (assim chamado por tradição local, identificando o topo do monte com uma fortificação de tempos medievais) corresponderá a um povoado fortificado de época proto-histórica ou já do período romano.
As condições naturais foram determinantes quer para a ocupação do local, quer para a definição da cintura de muralhas. Com efeito, os muros visíveis correm ao longo da linha de declive, definindo um recinto de planta poligonal cintado por uma única muralha composta por aparelho de boa dimensão. No interior, multiplicam-se os vestígios de estruturas, ainda escassamente exploradas e de difícil apreensão, pela grande densidade de vegetação rasteira.
Do escasso espólio resgatado conta-se um conjunto de onze estelas funerárias (duas das quais depositadas no Museu Municipal de Bragança), mas as prospecções efectuadas, que lograram identificar fragmentos cerâmicos, não foram conclusivas em matéria cronológica. A este respeito, a semelhança tipológica que Francisco Sande Lemos evidencia entre o conjunto e a fortificação romana da Fonte do Milho (Régua) permanece como único indicador cronológico-cultural para Oleiros.
Nas últimas décadas, à medida que o interesse pelo local foi aumentando, ocorreram também algumas destruições, em particular a que levou à plantação de pinheiros no interior do recinto, processo que acarretou a destruição de uma parcela da muralha.
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